quarta-feira, 30 de junho de 2010

Cala a boca Galvão!

“Sem omelete niguém faz ovos.”
Galvão Bueno e Paulo Roberto Falcão

25/06/2010. Brasil X Portugal. Vale do Anhangabaú, São Paulo. Projeção da Tv Globo. Uma tela imensa. Patrocínio da cerveja Brahma. Cerveja gelada. Café da manhã de muitos brasileiros. "Vuvuzela" tocando meus tímpanos. Cala boca Galvão Bueno. Grita a menina de trás. Jogo tenso. Meninas escandalosas. A câmera focaliza as pernas de Cristiano Ronaldo. Mais gritos. Vai Corinthians. Esses sofredores não esquecem do time nem na Copa do Mundo. Parece que alguém tentou abrir meu bolso traseiro. Quando me viro, vejo um menino enrolando um cigarro. Não é assalto. Artesanato. Habilidade manual. Na minha frente, uma mulata de 1,80 m gritando: Vai “Basil”. Besteiras todos falam, inclusive Galvão. Tá difícil assistir o jogo. Torcicolo. Calo no pé. Um passo à frente e você não está mais no mesmo lugar. Chico Science se calou. Dunga disse em 1994: essa taça é para vocês, bando de traíras. Por falar em traíras, que fome. Não alcanço a barraca de comidas. Só tem gente bebendo nesse vale. Saudades do Zagalo. Vocês vão ter que me engolir. Galo, galinha! Meu estômago dói. Quero engolir alguma coisa, não posso. Comida, por favor. Quero comer! Não se cale Galvão. Precisamos de palavras. Palavra minha, matéria, minha criatura, palavra que me conduz, mudo, e que me escreve desatento, palavra. Palavras de Chico Buarque. Palavras de Galvão, não me cansam. Palavras de Tostão: o melhor do mundo é Di Stefano. O Pelé não é desse mundo. Quanta palavra. São só palavras. Quero gritar gol. Tá difícil. Nem Cristiano Ronaldo, nem Nilmar. Nem colonizador, nem colonizado. Ambos me calam. Não gosto de me calar. A vida é para falar. Falar bem. Falar mal. Apenas falar. Não se cale Galvão, por favor. É tetra. A voz que não sai da minha lembrança. Esse jogo tá chato. Quer calar. Cala a boca Bárbara. "¿Porque no te callas?" Até o rei da Espanha quer calar. Não me faça calar, silenciar, cessar ou emitir qualquer som. E que esse jogo não me cale. Não me contenha, não me reprima. Quero lançar um grito desumano. Que é uma maneira de ser escutado. Cálice. Ouviram do Ipiranga as margens plácidas. O grito do Ipiranga. Articulado ou não. Minha pátria é minha língua. Fernando Pessoa. A língua. O principal meio de comunicação, falado ou escrito. Não se cale. Língua maldizente. Língua de sogra. Língua de cobra. A língua que ajuda a mastigar, a deglutir. Responsável pelo paladar. Instrumento do grito. Portugal X Brasil. O placar me cala. 0X0. A multidão me cala. Não consigo comer. Não me movo. Olho na tela. A boca tá seca. Minha língua tá afiada. Coitada da mãe do Galvão. Nilmar chuta a gol. O goleiro português defende a bola. Gritos na multidão. Filho da puta. Língua de trapo. O Dunga não presta. O povo gosta de balangar o beiço. Aqui ou na África. Em português ou em zulu. O que importa é balangar. Quem me dera uma língua de gato. Um docinho para alegrar o jogo. Língua de sinais. Um braço na minha frente. Língua falada. Cala boca Galvão. Um berro em meus ouvidos. Acabou o jogo.

Hora de fazer

Panna cotta com rapadura
Rendimento – 8 pudins pequenos

500 ml de creme de leite fresco
Rapadura a gosto
45g de açúcar
1 envelope de gelatina em folhas
20 ml de cachaça ouro
Melaço de cana a gosto

Aromatizar o creme de leite com a rapadura e o açúcar em fogo médio até um pouco antes da fervura. Coar e acrescentar a cachaça. Hidratar a gelatina com um pouco de água. Acrescentar a gelatina à mistura, colocá-las nas formas e levar para a geladeira até endurecer. Desenformar o pudim e acrescentar um pouco de melaço de cana por cima.

Na Itália, a Panna Cotta é servida com cascas de laranja cristalizadas ou frutas vermelhas. Na minha versão é servida com melaço de cana. A plantação de cana no Brasil conduz à monocultura e ao êxodo rural no país. Por outro lado, é geradora de combustível e energia.

terça-feira, 22 de junho de 2010

A gente vai levando

“Mesmo com toda fama, com toda Brahma, com toda cama, com toda lama, a gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando essa chama, mesmo com todo o emblema, todo o problema, todo o sistema, todo Ipanema.”
Chico Buarque e Caetano Veloso

Quinta-feira, 17 de junho de 2010. Euforia na copa do mundo. Saí para encontrar a professora da disciplina de didática do curso de Gastronomia da Faculdade Quixeramobim. A Sra. Marieta.Velhinha sabichona. Podia ter me expulsado do seu ventre na sala de aula no ano de 1981.

No caminho de volta para casa, tem sempre um bar. Todo homem tem pelo menos uma fraqueza. Aquiles foi abatido pelo calcanhar e eu fui seduzido pelo bar.

Da lama ao caos, do caos à lama. Olhei para o cardápio e lembrei-me de Chico Science. Caranguejo toc-toc. O Sr. Jesus, proprietário do bar, lamenta não poder servir caranguejo com martelo e tábua de madeira. A vigilância sanitária proíbe. A coisa aqui tá preta! Continuei bebendo; também sem cachaça niguém segura esse rojão.

Todo dia tomo cerveja no botequim que vende comida do sertão nordestino. O propietário, Sr. Jesus, tem tatuagem no braço e dourado no dente. Às vezes, me diz que é do norte. Eu digo que é por isso que a comida dele é boa. Por fim, me diz que é do norte de Portugal. A piada é pronta, mas eu gosto do velhinho.

O Sr. Jesus está no Brasil desde a década de 1950. Chef de cozinha. Especialista em peixes e frutos do mar, porém ganha a vida com carne-seca e macaxeira. Cada um carrega a cruz que suporta. Seu bar fica no bairro de Santa Cecília, reduto nordestino de classe baixa. Por que vender peixes e frutos do mar? Esperto é o gato que nasce de bigode.

Na quinta-feira , ele estava empolgado. Normalmente, a nossa conversa não sai da piada do norte e de seu interesse pela satisfação do cliente. Dessa vez, contou-me sobre seu passado. Falou-me da primeira esposa, já falecida. Lágrima nos nossos olhos. Não esqueceu da atual esposa. Garantiu-me que ela atravessa o mar com um Sonrisal na mão. Me apresentou seu filho. Trabalha no boteco do pai como balconista. Contou-me com orgulho sobre sua filha. Doutora em medicina nos Estados Unidos e esposa de um tetraplégico. Ora, lata d’água na cabeça também dói, queixou-se.

A história sobre a festa de aniversário de quinze anos da filha tomou parte da noite. Recordou-se da época de fartura na sua casa. Disse-me que a vida está muito cara. Nos anos de 1970, patrocinou uma festa do Havaí para duzentas pessoas por cinco mil dólares. Hoje, só o técnico de som e iluminação custa quase isso. Tem razão o Sr. Jesus: o mundo tá caro e chato. Apesar das reclamações, disse-me que não quer morrer tão cedo. Sujeito forte. Adora o seu bar e a sua casa na rua Augusta. Olhos azuis. Devia ser um lindo rapaz. Hoje, desgastado pelo tempo. O tempo vai contra ele, e mesmo assim...

Persistiu nas recordações. Contou-me sobre sua chácara na serra da Cantareira. Perdeu-a em corridas de cavalo. Na época, alugava a chácara para filmes pornôs e para o cine trash de Zé do Caixão. Sem contar as farras que fazia nos fins de semana vago. Ambiciona passar as férias em Portugal. Pensa em abrir outro bar. Dessa vez, ele quer cozinhar peixes e frutos do mar. Embora não tenha mais prazer em cozinhar. Confortei-o dizendo que o maestro Tom Jobim, no fim da vida, não aguentava mais escutar música. Ele sorriu, abraçou-me e não quis que eu pagasse a conta.

Hora de fazer

Vá ao boteco mais próximo de sua casa ou de sua preferência. Peça uma cerveja gelada e converse um pouco com o dono do estabelecimento. Leitor, você irá emocionar-se ou decepcionar-se com a vida.

Polícia!

Polícia! Para quem precisa
Polícia para quem precisa de polícia

Tony Bellotto


11/06/2010. Bar Valadares, bairro da Lapa. Na televisão, transmissão de África do Sul e México. Começava a Copa do Mundo de 2010. Lá, na Lapa, em 1910, o Corinthians fez o seu primeiro jogo profissional contra a equipe do Operário da Lapa. Hoje, o campo do Operário se transformou no mercado da Lapa. O clube lapiano não existe mais. Obtive essas informações em um documentário sobre o bairro da Lapa, transmitido pela emissora Cultura. Lapiano que sou, me emocionei. Voltemos ao bar. Tradicional e exótico. Meu pai bebia nesse botequim nos anos de 1980. Servem porções de testículos de galo. Até isso o ser humano come. Sentei à mesa. Pedi chouriço. Espécie de linguiça feita com sangue de porco coagulado. Servida com limão cavalo.

Troca de turno. Observei os garçons passando os jalecos para outros que chegavam para preencherem a turma da tarde. Um policial estava sentado ao meu lado. Uma mão no garfo e a outra na arma. Não descuidou dos instrumentos por um segundo se quer. Sem exagero... para cortar o bife precisou das duas mãos. O pedido do policial foi um filé a cavalo. Aqui, em São Paulo, é bife servido com ovo frito por cima. O policial verficou o cozimento da carne. Eu vi que estava ao ponto. Ele rompeu a película da gema mole. Eu salivei sobre o chouriço.

A discussão dos garçons era sobre o caso da advogada Mércia, assassinada em São Paulo. Sem assunto, inspirado pelo “papo”, perguntei ao guarda sobre o crime. Ele respondeu: o bife está suculento. Fiquei sem graça. Percebi que queria discutir culinária. Como gastrônomo, iniciei a conversa sobre os prazeres da mesa. Ele me contou sobre os seus planos. Queria mudar de vida. Já não aguentava a profissão de policial. Sonhava em abrir um restaurante. Bom degustador o homem. Cada dia almoçava em um bar ou restaurante da Lapa.

- Meu rapaz! São 30 anos de profissão, já comi em todos os restaurantes do bairro, e esse é o melhor.
Terminou a frase entre uma mordida e outra.
- Sr. Policial, já comeu testículos de galo?
- Hum! É o meu tira-gosto predileto.
- O senhor está servido da minha porção de chouriço?
- É lógico que quero! Prove do meu bife a cavalo.

Realmente, delicioso, sangrando por dentro. Conversamos alguns minutos sobre gastronomia. Ele sentia prazer em falar sobre o assunto. Parecia que não queria voltar ao batalhão. Sabe quando não queremos acabar uma refeição. Sugeri um café para finalizar. Ele me contou sobre a produção de café no Brasil. Grãos orgânicos. Moagem. Máquinas de café expresso. Profissão de barista, etc. Salutamos com café passado fresquinho. O prazer da boa comida juntou-nos por instantes. A conversa sobre o assassinato não evoluiu. A comida que estava posta à mesa, deu o que falar!

Hora de fazer

Bife a cavalo

1 bife de contra-filé de 3 cm de espessura
2 ovos
Sal grosso a gosto

Salgue o bife e deixe-o descansar por 5 minutos. Coloque os ovos imersos em água e cloro por 5 minutos. Essa técnica é importante para evitar a salmonela, pois, se houver contaminação é através da casca do ovo. Assim, pode-se comer ovos com gemas mole. Aqueça uma frigideira anti-aderente com um pouco de óleo. Retire o excesso de sal da carne e frite-a até começar a cozinhar a parte de cima do bife, então, vire-o. Aqueça outra frigideira em fogo alto com pouco óleo. Abaixe o fogo quando esfumaçar e coloque os ovos para fritar. Com uma colher, jogue um pouco da clara sobre as gemas para protegê-las e o calor não ressecá-las. Salgue os ovos e retire-os ainda com as gemas mole. Recolha o bife. Para servi-lo ao ponto, aperte-o com uma espátula, deve estar macio e o meio da carne rosado. Sirva imediatamente.

Referência

ALÍCIA & ELBULLITALLER. Léxico-científico gastronômico: as chaves para entender a cozinha de hoje. Trad. Sandra Trabucco Velenzuela. São Paulo: Senac, 2008.

Comida

Comida é água
Bebida é pasto
Você tem sede de que?
Você tem fome de que?
A gente não quer só comida
A gente quer comida, diversão e arte
A gente não quer só comida
A gente quer saída para qualquer parte
A gente não quer só comida
A gente quer bebida, diversão, balé
A gente não quer só comida
A gente quer a vida como a vida quer
Arnaldo Antunes/Sérgio Brito e Marcelo Fromer



Acordei cedo. 07:30. Decidi convidar uns amigos para jogar tênis. Saímos vestidos à caráter. A quadra pública estava cheia. Desistimos. Fomos à procura de um bar. 09:30. Titubeamos por um instante. Decidimos ficar. Botequim elegante. Mesas na calçada. Balcão com acepipes. Prateleira repleta de água ardente. Pedimos “a outra”. Cerveja apresentada pelo dono da bodega. Bom vendedor esse cara. A cerveja estava gelada e gostosa.

22:00. Combinei de sair com amigos. Pusemo-nos a caminho do bar recém inaugurado. Um casarão antigo. Reestruturado. Ambiente agradável. Conseguimos mesa para sentar. O lugar estava disputado. 22:30. Pedimos comida. A cerveja não chegava. Levantei da mesa para pegá-la. A garçonete disse que fazia questão que eu sentasse para servir-me. 23:30. A comida não chegou à mesa. Meu amigo, gentilmente, levantou-se algumas vezes para buscar mais cervejas. 23:45. A comida chegou. Eram temakis. Preparação típica japonesa. Peixe fresco, arroz, maionese, cebolinha, enrolados em folha de alga formando um cone. Desilusão. O peixe era enlatado. O problema não é comida em conserva . A criação é do chef, mas por ser releitura de um prato clássico, deve estar evidente para o cliente no cardápio. Comemos um picado de carne com pimentão e molho de ostra. Não me lembro o nome do prato. Muito pimentão, pouca carne e molho de ostra. 00.15. Pedimos a conta. 00.35. Um amigo, exaltado, gritou pela conta. 1:00. Conseguimos pagar. O funcionário do caixa estava confuso, mesmo com uma calculadora nas mãos.

Saí com pressa. Estava atrasadíssimo para a fuzarca na casa de um amigo. Decidi terminar a noite em um lugar que conheço. Sem riscos. 1:30. Fui recebido com beijos e abraços. Adentrei a sala de jantar e vi rostos familiares e alegres. Na mesa, queijos com geleia, damascos, castanhas, torradas, vinhos, uísques. No fogão, um caldo de tomate. Estonteante. O sabor da fruta preservado, sem acidez. Todos se reuniram em volta do fogão para saborear e contar histórias. Fui para a varanda fumar um cigarro e escutar o barulho da chuva. 5:30. Deixei a casa com pesar. Assisti o sol nascer. Adormeci.

Hora de fazer

Torta de Polenguinho
Massa
4 polenguinhos
3 ovos
2 copos de leite
½ copo de óleo
1 copo de farinha de trigo

Recheio

Mussarela, presunto, tomate e cebola, sal, pimenta branca moída, azeite e queijo parmesão a gosto.

Bata os ingredientes da massa no liquidificador. Unte a forma e coloque a metade da massa. Faça uma camada de mussarela, presunto, cebola e tomates. Tempere com sal, pimenta e azeite. Coloque o restante da massa por cima e depois rale queijo parmesão. Leve ao forno preaquecido até dourar.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Olha o rapa!

Sou rico e sem dinheiro, brasileiro e estrangeiro
Sou casado, sou solteiro e assim eu sou feliz
Mas eu vivo na lona, mas é lona de barraca
Só não compra quem é bobo, pois na minha é mais barata
Quem vai querer?
Vou vivendo a vida distraído olhando o mundo
De olhos abertos vou gritando, vou vendendo
Quem tá comigo, tá com Deus, mas é preciso ser malandro e muito esperto, olha o rapa!
Nonato Buzar/Mônica Silveira


Saí de casa na tarde de domingo de 30 de maio de 2010. Fui assistir ao jogo do Coringão. Em dias de jogos me alimento na rua. Foi difícil dessa vez. Cheguei ao estádio do Pacaembu uma hora antes do jogo começar. Já havia comido acarajé no bar “a rota do acarajé”, no bairro de Santa Cecília. Continuava com fome, um acarajézinho é pouco para suportar o sofrimento do Timão. Procurei alguma coisa para rangar e achei dois ambulantes, um deles vendendo espetinho de carne e o outro vendendo queijo de coalho. Imaginem dois ambulantes trabalhando para mais de 30 mil corintianos famintos!

Circulei a praça Charles Muller e avistei um vendedor de espetinhos sendo abordado pelo rapa. Em São Paulo, o rapa é a guarda civil metropolitana. Homens vestidos de azul escuro, portando algemas, armas de fogo e cacetete. Deve ser perigoso abordar um ambulante portando espetos de madeira! É como uma flecha indígena.

Se um cidadão paulistano achar um vendedor de espetinhos de carne, é melhor pagar pelo espeto só na hora que estiver pronto, pois, o rapa pode chegar e o cliente ficar sem a carne e sem a grana. Essa falta de comida deixou os torcedores corintianos à flor da pele. Entrei rapidamente no estádio para comer alguma coisa. Só não como mais hot-dog. É permitido comercializar cachorros-quentes nas ruas, mas não espetinho de carne, queijo de coalho.
Na manhã da segunda-feira abri o jornal para ler o que a crítica esportiva escreveu sobre a vitória corintiana. Me deparei com uma matéria sobre a proibição da venda de acarajés nas ruas da capital paulista. Algumas baianas deixaram a cidade de Salvador para vender acarajé no passeio público paulista. Hoje, estão fazendo outras coisas, porque é desautorizado vender bolinho de feijão fradinho tombado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).

Fechei o jornal e coloquei o disco do Caetano Veloso para tocar. Acendi um cigarro e cochilei. Qualquer dia boto fogo na casa.
Eu digo sim, eu digo não. Eu digo é proibido proibir... é proibido proibir... Vocês não tão entendendo nada, nada, absolutamente nada!

Hora de fazer
Saia de casa para fazer um pic nic em alguma praça pública. Leve seu par e uma garrafa de vinho. Uma baguete francesa com manteiga. Alguns damascos secos para a sobremesa. Aproveite enquanto pode.